Criatividade a mil! Com o intuito de aumentar a vertente de publicidade e rentabilizar a audiência, a OLX embarcou em uma experiência extraordinária para o Cannes Lions, festival de marketing, publicidade, mídia e comunicação que acontece na França e que reúne as marcas e agências mais importantes e criativas do mundo.
Em parceria com o Reclame, maior player de cobertura do evento, a OLX conseguiu construir relacionamento com clientes através de conteúdos sobre o evento e aproveitou para lançar a nova divisão de publicidade, a OLX Ads.
O que é a OLX Ads?
A OLX Ads é um braço de publicidade da OLX que tem o objetivo de desenvolver soluções comerciais para anunciantes que desejam utilizar o ambiente de marketplace da empresa para criar engajamento com os usuários. Dentre os formatos oferecidos pela OLX Ads estão os branded contents, conteúdos que incluem a marca do anunciante, e serviços de CRM.
Projetada como uma alternativa para a comunicação com os clientes, a OLX Ads contempla ações de interação com mídia offline e busca a criação de projetos customizados pelos anunciantes que se adequem à marca e seus objetivos de negócio. Como parceiros comerciais, a divisão conta com as marcas Itaú, Americanas, SumUp, Santander e Ford.
OLX Brasil em Cannes Lions
O time da OLX Brasil esteve presente no evento para trazer mais detalhes sobre as ações no geral e conferir quais são as inovações do mercado publicitário. A equipe também participou de lives diárias com o Reclame, nas quais contaram tudo o que estava acontecendo no evento! Confira os relatos de Ana Carolina Garini, Diretora de Publicidade e Parceriasl na OLX, sobre cada dia do festival.
20/6: Inspiração é a palavra-chave
Inspiração foi a palavra para abrir com chave de ouro o primeiro dia no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions. E ouvir sobre isso não poderia ter sido mais pertinente. Além de abrir o evento com uma energia que é perfeita para nos guiar nos próximos dias, as primeiras palestras das quais participei lembraram quem estava presente de muitos conceitos que são especialmente importantes para nós depois dos últimos 2 anos: inspiração, potencial, transformação e nossa habilidade de sonhar.
A Nike brilhou demais explorando esse assunto. A palestra da empresa contou com DJ Van Hameren, Chief Marketing Officer; Jonathan Johnsongriffin, VP Global Creative Director; e Liz Weldon, VP Global Women’s Brand Management. Juntos eles mostraram alguns dos valores que a empresa tem de melhor – formas de ver negócios que, na minha opinião, podem transformar uma empresa.
Para a Nike, o medo de perder nunca foi um problema. A empresa deixou claro que trabalha em cima de um propósito de inspirar sonhos – mais do que isso, inspirar as pessoas a sonharem além de qualquer limite. Não é sobre um atleta, um KPI ou uma entrega. É sobre o que eles inspiram nas pessoas, o que representam e sobre o que aprendem no caminho.
A missão da empresa é: Levar inspiração e inovação para cada atleta* do mundo.
*Se você tem um corpo, você é um atleta.
Percebeu que a parte mais incrível dessa missão é o adendo? Quando a Nike traz isso, ela está amplificando a mensagem, levando inspiração e mostrando que acredita no potencial de muito mais gente. E falando em amplificar… Depois dessa aula, eu fui participar de uma espécie de palestra surpresa. 15 minutos com um conteúdo que ninguém sabia o que seria – e não decepcionou.
O AY Young foi levado pela Samsung para falar um pouco sobre como inspiração é também a palavra que define a sua história. O rapper é fundador do projeto The Battery Tour, uma série de shows realizados com energia renovável que têm como objetivo arrecadar dinheiro para a compra de geradores portáteis de energia solar para comunidades e vilarejos que não têm acesso garantido à energia elétrica.
Teve tanta inspiração envolvida que AY Young está desenvolvendo um projeto musical que apoia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Um álbum super especial com uma música para cada objetivo. Duas delas já estão disponíveis: “Regeneration” e “AYO”.
Tá bom para vocês esse primeiro dia? Por aqui foi incrível, mas eu sei que ainda tem muito mais.
21/6 | Um dia que amarrou 3 pontas: sustentabilidade, criatividade e impacto
Esse foi o meu segundo dia aqui em Cannes, que começou pela palestra LinkedIn: Back to the Creative Future, com o CEO da empresa, Ryan Roslansky. O que eu diria que foi mais legal foi um passo grande que o festival deu em parceria com a empresa no sentido de mostrar que a criatividade e o impacto são para todas as marcas: anunciaram uma nova categoria de premiação voltada para as empresas B2B – o que joga luz na importância desse segmento inovar também.
A segunda palestra que eu assisti foi da Baileys and Roe com a presença de duas executivas da empresa: Carol Montgomery, Head of Guinness in Society and Brand Experience, e Jennifer English, Global Brand Director. Basicamente o que a marca fez foi mostrar a sua abordagem para trabalhar o tema. Aqui o que mais me chamou atenção foi a analogia de pensar na forma como uma marca trabalha a sustentabilidade como um iceberg – você comunica e mostra uma parte daquilo, mas faz muito mais para ter uma base sólida.
Além disso, foi interessante conhecer o método da empresa:
- Pensar no quão central é o tema da sustentabilidade para a marca;
- Qual é o tema dentro do macro-universo da sustentabilidade que a marca deve assumir como seu?
- Qual narrativa poderia fazer sentido para a marca diante do mercado;
- E, para mim, o mais importante: 4. Quais são as ações que darão vida a essa mensagem? Ou seja, como elas colocaram, “agir antes de comunicar”.
Daí eu fui para um encontro com a Disney e a Hyundai que mostraram como colocar a criatividade para funcionar através dos questionamentos. As duas marcas colocaram alguns dos maiores heróis da Marvel para fazer questionamentos… curiosos… durante os anúncios da Hyundai – e até passando por programas esportivos da ESPN e pelo The Bachelor!
Aqui, particularmente, um ponto que me chamou a atenção foram as participantes do painel. Eram 4 mulheres, executivas em suas empresas, reunidas para falar sobre criatividade em uma ação para o segmento automotivo (envolvendo super-heróis!). Ver esse espaço sendo preenchido traz um sentimento que mostra a importância da representatividade.
Por fim, mas definitivamente não menos importante, tive mais uma das “palestras secretas”, onde tanto o tema quanto o palestrante eram surpresa. E que grata surpresa! Cephas Williams, fotógrafo e fundador do The Black British Network, nos levou para uma viagem super emocionante sobre propósito, diversidade e esperança. Ele, que encontrou o seu propósito escrevendo uma carta para o filho recém nascido e criou uma organização que tem como objetivo promover transformação social e combater o racismo, nos fez enxergar inclusive o quanto aquele espaço, aquela sala em Cannes, era homogênea: muito homens, poucas mulheres, menos ainda de pessoas pretas, quase nenhuma diversidade.
Recomendo, inclusive, a carta para o Zion, que está em inglês no site oficial dele.
22/6 | O dia foi nosso: a voz das mulheres de Cannes
O terceiro dia em Cannes foi sensacional. E talvez porque eu tenha visto tanto conteúdo inspirador sobre temas pelas quais tenho me interessado há muito tempo, como o empoderamento feminino e a diversidade. Mas vou chegar lá…
Primeiro vale mencionar que participei de duas palestras iniciais (uma delas com a Coca-Cola e a Bain & Company) que falaram sobre o poder (e a responsabilidade) da publicidade em difundir mensagens que transformam o mundo. Foi dito muito também sobre Marketing Experimental, um conceito que a Coca-Cola tem trabalhado para testar novas ideias.
O processo deles conta com 6 passos:
- Definir um tema;
- Levantar hipóteses;
- Desenvolver um teste dentro de uma campanha existente;
- Lançar o experimento;
- Medir e analisar resultados;
- Documentar e compartilhar os insights e aprendizados e definir passos seguintes.
Mas o que me brilhou os olhos de verdade foram as duas palestras finais do meu dia. A primeira chamada Amazon: Quando mulheres contam a história, com a atriz Regina Hall e a CMO Global da Amazon Prime Video, Ukonwa Ojo. As duas deram um verdadeiro show. Conversaram muito sobre o que são mulheres de verdade, além de estereótipos, e como isso é contado através das histórias do cinema ou da televisão. Trouxeram reflexões profundas sobre as dificuldades das mulheres pretas na indústria de entretenimento, contaram sobre a experiência de ter um set 100% feminino.
TV não é apenas TV. É cultura. Quando você empodera mulheres na TV (por trás e na frente das câmeras), você as empodera culturalmente também. Depois, Nicola Mendelsohn, VP Global Business Group da Meta (sabe, “o antigo Facebook”?) trouxe a incrível Lupita Nyong’o para uma conversa sobre encontrar caminhos para construir comunidade e engajar marcas com propósitos importantes para o mundo.
A conversa das duas passou muito pelo espaço das pessoas pretas na mídia e como ainda é difícil convencer empresas e mercados a produzirem com, por e para essas pessoas. Existe um estigma antigo (e cruel) de que filmes de pessoas pretas não vendem. Esse estigma também já considerou diversas outras comunidades: pessoas latinas, pessoas LGBTQIA+, pessoas asiáticas. Um a um, foram quebrados.
Mas para além de quebrar um estigma, porque criá-lo em primeiro lugar? A premissa de que filmes com pessoas diversas não vendem só faria algum sentido se você considerar que todos os filmes sem essas pessoas são sucesso de vendas – o que nunca foi verdade.
Um insight muito rico que elas trouxeram foi como nós humanos somos os únicos animais que contam histórias, como esse é nosso “super-poder” e como empresas precisam aproveitar a tecnologia para fazer as histórias chegarem em todos os lugares.
E eu encerro compartilhando uma lição muito linda que a Lupita dividiu com a gente: siga pessoas melhores. Pessoas mais espertas, mais estilosas, pessoas com habilidades que você não passa nem perto de ter. É assim que você aprende com o outro.
23/6 | Educação: o super-poder de mudar o mundo
Malala é mais que uma ativista famosa – ela é uma transformadora.
O quarto dia no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions não foi bem como eu esperava, mas foi ainda assim incrível. Se eu tinha me planejado para participar de 3 ou 4 palestras, consegui acompanhar só uma. A verdade é que Cannes tem sido uma ótima oportunidade para fazer, e refazer, conexões – e em um mundo que ainda está saindo de um isolamento tão drástico, isso é também um sopro de felicidade pra alma.
Mas a única palestra que eu consegui participar foi incrível por várias. Nadja Bellan-white, Global CMO da VICE, recebeu a ativista e vencedora de um Nobel da Paz, Malala Yousafzai para uma conversa sobre ações globais pelo futuro. Ver a Malala de perto te faz entender o porquê ela é quem ela é e como chegou onde chegou. Ela tem uma visão de mundo tão profundamente sensível e inteligente que não tem como não querer absorver de tudo o que ela tem para dizer.
“Eu conto a minha história não porque ela é única, mas porque não é”.
Malala falou muito sobre novas formas de endereçar os problemas, unindo criatividade e intencionalidade. Segundo ela, o futuro é o amanhã construído solucionando os problemas hoje. Dá pra ouvir na voz o quanto ela valoriza a educação, mas mais do que isso, ela claramente tem conhecimento para sustentar o que ela diz. Fica muito claro vendo Malala falar que ela é muito mais do que uma pessoa ativista e famosa – ela é uma transformadora.
O Malala Fund, instituto do qual ela é fundadora, trabalha pela educação. O trabalho é feito por e para meninas terem acesso a estudos, alinhando 3 pensamentos:
- Devemos priorizar as pessoas e o nosso planeta, não o lucro;
- Estudar é um exercício para a vida toda – nunca pare de aprender;
- Nunca subestimar o poder da educação ou deixar de ser grata pela oportunidade de estudar.
O mais incrível talvez seja a forma como Malala não enxerga a educação como um tema a ser trabalhado dentre vários (educação, saúde, fome…). Ela coloca a questão como central – e se pararmos para pensar, é mesmo. O mundo está diante de uma série de problemas que precisam ser resolvidos para que a nossa espécie continue a existir (e com igualdade e dignidade). Esses desafios enormes só podem ser resolvidos se as pessoas tiverem acesso ao recurso básico que essa tarefa exige: conhecimento.
Sobre as empresas, Malala reforça a necessidade de apoiarem o ativismo e fazerem isso trazendo o poder das mulheres para o centro (não se resolve um problema se você não traz a pessoa que o vive para o desenvolvimento da solução).
A mensagem – linda! – que Malala deixa para mim e eu repasso para quantas pessoas puder é que não parem de aprender. Aprendam depois de adultos, aprendam outras línguas, aprendam com experiências e com pessoas. Mas se permitam continuar aprendendo.
“Nunca dá para desprezar o poder individual que temos, mas é preciso que as mudanças aconteçam pelo poder da comunidade”.
E aí, gostou da novidade? Agora você já sabe: a OLX Ads é a mais nova submarca da OLX que oferece soluções comerciais para anunciantes. Não deixe de acompanhar as novidades sobre a nova submarca!
24/6 | É através de pessoas colaborando por propósitos que criamos o futuro
O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions acabou. A premiação resultou em um número de prêmios para o Brasil que superou 2021: foram 70 prêmios para agências e anunciantes brasileiros, o que traz uma visibilidade sem igual para o nosso país e uma representatividade latina enorme para um evento que ainda é, majoritariamente, norte-americano e europeu.
Edu Lyra, fundador e CEO da Gerando Falcões, foi o “surprise speaker” do último dia e ainda falou bastante sobre a importância da representatividade. Ele ressaltou que hoje, e cada vez mais, a chave para o sucesso será a colaboração. Para mim, a mensagem fez bastante sentido: é através de pessoas colaborando por propósitos que criamos o futuro.
E aliás, quem são essas pessoas colaborando pelo futuro? Lyra responde essa pergunta traçando uma comparação entre “elite” e “ricos”. Historicamente, essas duas palavras têm resultados que se encontram no mesmo lugar, mas para Lyra é importante lembrar que elite são as pessoas que conseguem transformar a sociedade, liderá-la para um caminho mais saudável para todos. Ricos são apenas aqueles com muito dinheiro.
Seguindo Lyra, participei do painel Papel e Caneta, que contou com a participação de Joana Mendes, Presidente do Clube de Criação; Raphaela Martins, Program Manager Creative X da Meta; Cindy Gallop, Fundadora e CEO da MakeLoveNotPorn e Stacie Graham, Global Racial Equity Programme Director da WPP (com a presença do presidente do Cannes Lions, Simon Cook). O painel falou muito sobre a diversidade do festival – e o mais legal, fez isso cobrando de forma muito prática, ali mesmo, por mais representatividade entre o grupo de jurados.
Porque essa é uma questão importante. Não é de hoje que falamos que a diversidade não pode ser só debaixo dos holofotes, mas em toda a cadeia. E se em outras palestras foi questionado a quantidade de mulheres por trás das câmeras de cinema ou de pessoas pretas como participantes do festival em si, nessa foi a hora de questionar o próprio evento sobre a diversidade em todas as suas esferas: jurados, campanhas, países inscritos, prêmios distribuídos, etc.
Inclusive uma outra palestra que falou bastante sobre isso foi uma da NFL, com os jogadores Cam Jordan, Kelvin Beachum e Russell Wilson. Com um tom profundamente inspirador, o painel nos permitiu entender como a liga tem trabalhado essa questão dentro do seu próprio universo: durante o processo seletivo para novos jogadores ingressantes, eles passam por um processo de mentoria. A ideia é que mesmo antes de se tornarem super estrelas, eles já entendam que esse futuro papel virá com um potencial de mudança do mundo.
Diante de tudo isso, a mensagem para mim fica bem clara: temos boas iniciativas de transformação, mas precisamos fazer ainda mais. Sobretudo na publicidade (embora não apenas nela). Se nós historicamente alimentamos o consumismo desenfreado, agora precisamos encontrar novas formas mais sustentáveis de gerar impacto – pelo mundo e por nós. Se fomos parte do problema, precisamos ser parte da solução.
Edu Lyra disse algo que se encaixa muito bem nessa reflexão: são as gerações mais novas que vão julgar quem está hoje nos papéis de liderança da sociedade, porque são elas que irão herdar o mundo que estamos construindo hoje. E sendo mãe, é impossível não pensar nisso com muito carinho e uma preocupação genuína: a minha filha vai crescer e viver em um mundo que será fruto do trabalho que a minha geração está fazendo. Até onde eu consigo enxergar esse futuro, é o mundo no qual eu gostaria que ela vivesse?
E você? Tem filhos, sobrinhos? Consegue olhar para as crianças e jovens de hoje e imaginá-los no futuro que você está ajudando a construir? Essa imagem te agrada ou te preocupa? As respostas para essas perguntas podem ser fundamentais para você avaliar se o impacto do seu trabalho é o que deveria (e poderia) ser.
Isso tem muito a ver com o meu papel na OLX e o seu propósito de transformar os hábitos de consumo dos brasileiros para outros que tenham menos impacto negativo. E você, tem pensado em qual é o seu?
Por Ana Carolina Garini, Diretora de Publicidade e Parcerias na OLX.
A Equipe OLX é composta por pessoas reais que conhecem e escrevem sobre as diferentes categorias e universos que compõem o Dicas OLX.