Trabalhar como autônomo não é uma tarefa simples, não é mesmo? São muitos os desafios, e um deles está na relação com o dinheiro. A organização é essencial para conciliar a gestão de vendas do seu negócio e também ter o controle das economias pessoais. A boa notícia é que existem várias estratégias voltadas a finanças para autônomos, que possibilitam o sucesso nas duas frentes.
Mas, afinal, o que pode ser feito quando se fala em empreender com organização das finanças para autônomos? Separamos dicas que podem ajudar. Confira!
Faça um planejamento a longo prazo
Nenhum resultado vai aparecer se você pensar apenas no curto prazo. Sim, olhar para as próximas semanas ou o próximo mês é fundamental, mas ter números bons em um período pequeno não vai garantir a sustentabilidade do seu negócio. E como conquistar todos os objetivos se, na prática, você não consegue se organizar financeiramente por três ou seis meses?
O primeiro passo, portanto, é realizar esse planejamento a longo prazo, estabelecendo metas para alguns meses à frente, protegendo o negócio contra várias ameaças e reduzindo eventuais riscos. A partir dessas metas mais distantes, você também deve definir objetivos mais simples de serem alcançados diária ou até semanalmente, permitindo ter controle sobre tudo o que acontece.
Essa é uma forma de realizar ajustes com cautela e corrigir eventuais erros que possam atrapalhar o planejamento. Imagine que você planejou vender mais de 10 carros entre janeiro e março. Mas fevereiro foi um mês complicado por fatores incontroláveis, como uma crise financeira no país. Agora, você pode fazer o ajuste necessário no seu planejamento e readequá-lo ao novo cenário.
Evite misturar as finanças pessoais com as profissionais
Outro ponto fundamental quando se fala em organização de finanças para autônomos é a separação entre o pessoal e o profissional. Não é uma tarefa simples, já que se trata da mesma pessoa, certo? Mas tudo pode começar com a definição de quais são os seus ganhos com aquele negócio e o que precisa ser reinvestido para continuar trabalhando.
Imagine que você tenha um faturamento mensal de R$ 8.000,00. Esse dinheiro não pode ser utilizado totalmente para, por exemplo, pagar as contas em casa. É preciso separar uma quantia para ser reinvestida no próprio negócio, possibilitando expandir a atuação e até fechar mais vendas. Uma dica para fazer isso é ter contas separadas, facilitando o controle diário.
Dessa forma, o dinheiro para pagar as despesas do dia a dia vão sair da sua conta pessoal, enquanto tudo o que envolver o trabalho é debitado de outra conta. Se trata de uma estratégia simples, mas que ajuda bastante e evita que o supermercado mensal para a família se torne uma despesa para o seu negócio, garantindo a separação entre esses dois contextos.
Gerencie com inteligência os cartões de crédito
Um dos recursos mais úteis — e ao mesmo tempo que mais requer atenção — é o cartão de crédito. Afinal, trata-se de um dinheiro que está disponível, mas que você não tem necessariamente. O limite pode ser de R$ 8.000,00, mas e se o faturamento tem o mesmo valor? Você tem as outras despesas, certo? Isso significa que, no início do mês, você pode não ter esse total na sua conta.
Assim começa a complicação envolvendo os cartões de crédito. Por mais que ajudem a aliviar muitos momentos financeiros com a opção de parcelamento, eles podem se tornar uma bola de neve. Tanto para o pessoal quanto para o profissional, uma dica importante é definir um valor máximo para ser utilizado nos seus cartões de crédito.
Estipulando esse valor máximo mensal e utilizando-o apenas para compras específicas, você evita qualquer complicação maior ao ter uma conta muito maior do que realmente pode pagar. Mas isso não significa que os cartões de crédito sejam ruins, só é importante ter um controle muito próximo de todos esses gastos e não deixar que uma compra no momento se torne uma dor de cabeça em alguns meses.
Conte com uma reserva de emergência
Lembra que, mais acima, falamos sobre a importância do planejamento a longo prazo? Isso engloba a sua proteção financeira, e o melhor exemplo disso é ter uma reserva de emergência. Trata-se de separar uma parte do valor mensal que você recebe para construir uma reserva que sirva como proteção em situações que fogem do seu controle.
Quer exemplo melhor do que aconteceu nos últimos anos? A pandemia diminuiu o ritmo de uma série de negócios, incluindo o setor de automóveis. Mas quantos conseguiram sobreviver por conta da organização financeira? A reserva pode ser usada também em casos de adoecimentos ou de acidentes, o que pode ser muito importante quando se trata de um negócio que depende muito de uma pessoa só, certo?
O ideal é conseguir reunir, no mínimo, seis vezes o seu ganho mensal e não utilizar esse dinheiro para nada. A ideia é realmente oferecer uma segurança e não deixar que um mês ruim de vendas, por exemplo, torne-se um problema para o planejamento a longo prazo.
Invista o dinheiro
Se uma parte do dinheiro vai ser utilizada para montar a reserva de emergência, outra deve ser destinada a investimentos. A ideia é fazer com que os seus lucros ofereçam um retorno ainda maior para a construção do patrimônio financeiro. Em vez de deixar apenas o dinheiro rendendo pouco, por que não conseguir retornos ainda melhores?
Por mais que não seja um dinheiro para ser utilizado em qualquer momento, já que alguns investimentos podem dar resultados apenas no médio e no longo prazo, é mais uma maneira de se proteger de uma crise financeira, ao mesmo tempo em que consegue aumentar o patrimônio.
Colocar essas estratégias em prática é essencial para uma vida financeira saudável e equilibrada, garantindo que as duas frentes tenham sucesso.
Agora que você já sabe mais sobre a importância de pensar em finanças para autônomos, o que acha de se aprofundar ainda mais? Saiba mais sobre MEI e ME e como se formalizar para vender veículos.
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