O mercado é fluido e adaptável. Não importa o que aconteça com a economia, com a história ou com a tecnologia. Toda mudança que impacta o consumidor reorienta o mercado a uma nova direção. E é justamente disso que falaremos hoje: as características do futuro do consumo.
O objetivo é jogar uma luz sobre essa questão, demonstrando como a pandemia afetou o nosso comportamento. Mas, além disso, aproveitamos para demonstrar como muitas dessas mudanças já vinham acontecendo. Curioso para descobrir mais sobre o tema? Então, não perca tempo e acompanhe!
Os fatores que impulsionam mudanças no perfil do consumidor
Em sua forma mais essencial, os consumidores são pessoas, com suas vidas, interesses, objetivos e desejos próprios. Mas por vivermos em uma sociedade, muitos dos nossos hábitos são criados a partir das nossas interações com o mundo, com as situações e com os outros.
Por isso, percebemos que novos hábitos de consumo são acionados por três gatilhos. Veja!
História
Aqui, falamos de grandes eventos históricos, como a pandemia da COVID-19 e as antigas guerras. Em comum, esses acontecimentos coletivos colocam a sociedade em um estado de alerta e conservadorismo econômico, pois, mais do que nunca, poupar significa preservar o conforto do dia seguinte.
É por isso que em períodos de incerteza e imprevisibilidade, há uma retração tão acelerada no consumo. Afinal de contas, é natural que esse tipo de situação ative um comportamento mais defensivo em nosso cotidiano, sobretudo no controle das contas.
Economia
Em segundo, mas igualmente impactantes, são as mudanças na economia. Muito além de contas, índices e métricas, a economia é o conjunto virtuoso de competências, trocas e produções realizadas por uma sociedade. Quando o cenário econômico é afetado, a renda das pessoas também é, seja para pior, seja para melhor.
Se países alçam voos de bom desempenho e crescimento econômico, há mais renda circulante no mercado e otimismo no comportamento social, criando um período de confiança econômica, consumo e, em último caso, euforia. Já quando mergulham em retração produtiva, dívida e dificuldades, a renda cai, junto à percepção e o otimismo populacional.
Tecnologia
Por último e talvez mais intensas: as inovações tecnológicas. A invenção do computador pessoal, do player de música, do smartphone e por aí adiante. Toda grande tecnologia apresenta um caráter disruptivo, projetando no consumidor uma experiência que ele ainda não teve, mas adoraria ter.
Por outro lado, também podemos destacar a revolução dos serviços. A tecnologia tem catapultado as soluções de economia compartilhada com a locação de estadias temporárias por aplicativo, mobilidade urbana via aplicativo, comida por aplicativo, etc. Atualmente, há um App para tudo!
As 7 mudanças no futuro do consumo
Praticidade, conscientização, regionalização, essencialismo, digitalização, proatividade e experiencialismo. Da maneira como percebemos, essas são as sete características marcantes do consumidor moderno. Agora, entenda como elas vêm afetando o mercado!
1. Praticidade
As pessoas estão em busca de soluções mais versáteis e compatíveis com a sua nova rotina. Essa é uma característica especial para o mercado imobiliário, que vem observando uma mudança drástica no perfil dos compradores de imóveis.
Em boa parte, isso aconteceu por conta da pandemia, que mudou o significado das casas, que agora passam a ser ambientes de trabalho. O importante é notar que essa não é uma tendência passageira, mas sim uma nova realidade do mercado, pois o trabalho remoto veio para ficar. O mesmo vale para o setor automotivo.
Nos últimos meses, as vendas começaram a reagir. Da forma como percebemos, essa alta nas vendas também está acontecendo por uma mudança provocada pela pandemia. Afinal de contas, hoje em dia, o transporte particular é uma opção ainda mais segura que o transporte público, justamente por evitar a exposição e o contágio.
2. Conscientização
Responsabilidade social, cívica e ambiental. Apesar de ser um período barulhento na discussão pública, a sociedade em geral caminha para um comportamento mais responsável, tanto em suas manifestações políticas, éticas e econômicas.
É por conta disso que há um crescimento vigoroso nas buscas por soluções sustentáveis, seja no mercado imobiliário, automotivo, seja no tecnológico. As pessoas querem a solução mais ambientalmente responsável, mesmo que isso signifique pagar um pouco mais caro.
Inclusive, esse é um dos impactos no mercado de auto, especialmente se considerarmos os mercados internacionais. Soluções elétricas e híbridas estão ganhando a atenção e o carinho do público, em um consumo estimulado por algumas isenções fiscais.
3. Regionalização
Já aqui, um fenômeno estimulado pela pandemia — o consumo local. O primeiro baque da crise foi especialmente violento contra os pequenos negócios, que não contavam com a mesma disposição financeira das grandes redes, sejam de restaurantes, mercados e afins.
Foi nesse sentido que os consumidores abraçaram a causa da empatia, privilegiando negócios locais, como na seleção de uma imobiliária ou na escolha por uma revendedora ou concessionária. A colaboração social demonstra um esforço cada vez maior na sustentação dos negócios locais.
4. Essencialismo
Este é o principal desafio ao nosso modelo econômico: a postura cada vez mais minimalista das novas gerações. Para o consumo, tal comportamento não é tão interessante. No entanto, as grandes marcas já sabem como lidar com isso, observando o setor de serviços como a resposta para tal dilema.
5. Digitalização
Esta é uma tendência anterior à pandemia, mas que foi colocada em marcha rápida diante dessa crise. Hoje, você pode comprar um carro e até mesmo um imóvel completamente por um meio online, pois já existe solução digital para tudo, na apresentação da mercadoria, celebração dos contratos e na realização dos pagamentos. As vendas online já eram o futuro, mas com a pandemia se tornaram o presente.
6. Proatividade
A tão falada cultura maker. Essa é uma característica que complementa o essencialismo, pois estimula o consumidor a ser o solucionador dos próprios problemas, como na decoração da própria casa, montagem de seus móveis e por aí adiante.
7. Experiencialismo
Para o mercado, esta é a solução para o essencialismo. Por muito tempo, a nova geração indicou um desprendimento material, privilegiando a experiência em detrimento da propriedade. Curiosamente, a pandemia chacoalhou essas expectativas, pois agora imóveis são vistos como símbolo de segurança financeira, e automóveis são ícones de distanciamento social.
Inclusive, esse é um dos melhores argumentos para vender carros para a nova geração. Além de frisar a economia dos modelos, é sempre importante salientar o sentimento do tempo. Atualmente, ninguém quer imaginar a hipótese de voltar ao transporte público.
Por fim, é interessante notar os esforços das marcas para se adaptar a essas novas tendências e manter a captação de leads. Em todos os mercados, já é possível enxergar as adaptações. A indústria automotiva caminha para a eletrificação. Os empreendimentos imobiliários estão focando em unidades mais práticas e convenientes para acomodar a jornada de trabalho em casa.
As imobiliárias e os revendedores automotivos modernizaram e digitalizaram suas operações. As gigantes tecnológicas estão se concentrando na oferta de serviços, antecipando uma queda natural no consumo de novos dispositivos e soluções para os próximos anos. Como apontamos no início deste texto, não importa o que aconteça com o mundo: o mercado é adaptável. Assim, vários setores estão transformando o futuro do consumo.
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