Comprar um veículo usado é uma ótima opção pra quem procura um modelo confortável, com todos os equipamentos necessários e um motor potente sem ter que pagar muito caro por isso. Mas como garantir que a quilometragem do carro está certa?
Infelizmente, o mercado de carros usados e seminovos ainda tem algumas pessoas mal-intencionadas que tentam de tudo pra enganar quem está interessado em fechar bons negócios.
Uma prática que pode acontecer em lojas especializadas na venda desses veículos é voltar a quilometragem do carro pra que o consumidor se sinta atraído por um automóvel supostamente pouco rodado.
Por isso, se você atua no mercado de usados, é muito importante se informar bem sobre esse aspecto não apenas para se precaver contra fraudes, como também para transmitir tranquilidade e credibilidade ao seu cliente. Afinal de contas, se o seu estoque é de qualidade, não há motivo pra não explorar essa característica positiva, certo?
Pensando nisso, preparamos este post pra ajudar você a mostrar para o seu cliente todas as qualidades do seu estoque, garantindo a ele que a quilometragem do carro no qual ele está interessado corresponde à original. Aproveite!
Estado dos pneus
Um jogo de pneus bem-cuidado pode durar até 50 mil quilômetros. Pra isso, nem é preciso muito trabalho: basta respeitar a calibragem correta, não abusar da velocidade e fazer o rodízio com frequência — a cada 5 ou 10 mil quilômetros.
A boa condição dos pneus é um ótimo argumento de venda caso o consumidor desconfie da quilometragem — se eles forem originais de fábrica, claro. Um veículo que esteja marcando entre 30 e 40 mil quilômetros deve apresentar um desgaste adequado à sua idade.
Portanto, pesquise as características originais do automóvel antes de incorporá-lo ao seu estoque.
Firmeza ao rodar
Ninguém deve comprar um carro usado sem dar pelo menos uma voltinha rápida com o modelo, e qualquer um que já tenha dirigido veículos novos sabe que eles têm uma boa firmeza.
Os carros que já rodaram muito começam a apresentar folgas e ficam menos estáveis, o que é natural e comum. Mas um modelo pouco utilizado, mesmo que não seja tão novo, deve ser mais firme (principalmente na suspensão e na direção).
Tente verificar essa firmeza em todos os modelos que você quiser vender, e lembre-se de comentar esse detalhe com o possível comprador.
Barulhos nas correias
Como qualquer peça composta de borracha, as correias também apresentam desgaste com o tempo de uso. Algumas duram 30 mil km e outras podem durar até 60 mil km.
A dentada é um exemplo de peça que não dá sinais de desgaste, por isso é difícil descobrir seu estado. Mas as outras correias, quando estão no fim da vida útil, costumam dar um assobio agudo quando o carro está em funcionamento.
Pra ajudar o seu cliente a identificar se o problema existe ou não, abra o capô e ligue o motor. Se as correias estiverem em bom estado e, consequentemente, adequadas à quilometragem do veículo, o funcionamento do propulsor deve ser silencioso.
Desgaste dos plásticos
Os carros atuais são construídos com uma grande quantidade de plástico em seu interior. Algumas dessas peças apresentam bastante desgaste, dependendo da quilometragem.
Os itens que mais chamam a atenção são o volante e a manopla do câmbio. Em carros muito rodados, essas peças podem ficar lisas e brilhantes.
Outro aspecto que chama a atenção no interior é o estado do banco, principalmente o do motorista. Com o tempo de uso, o tecido pode ficar mais fino, soltando-se da espuma e ficando com um aspecto envelhecido.
Marcas na parte dianteira
A parte dianteira “encara” o vento de frente. Por isso, podem começar a surgir marcas na lataria e na grade dianteira com o passar do tempo. Os carros que rodam muito em estradas, por exemplo, acabam ficando com marcas de pedriscos no capô.
Uma peça que sofre bastante com a ação do tempo é a placa dianteira. Como o carro é emplacado assim que sai da concessionária, não tem jeito de disfarçar seu desgaste, que denuncia a idade real do veículo.
Alinhamento da carroceria
Avaliar o alinhamento de elementos como as portas, a tampa do porta-malas ou do capô é muito eficiente pra descobrir se o carro já sofreu estragos graves. Mas essas peças também podem denunciar a idade do automóvel.
Como já dissemos, com o tempo, as peças de encaixe do carro vão ficando folgadas. Por outro lado, na teoria, um veículo pouco rodado deve estar com os itens de carroceria totalmente alinhados.
Um bom teste pra verificar a quilometragem correta é ver o estado dos amortecedores de suporte da tampa do porta-malas, no caso dos veículos hatch (quando o porta-malas é integrado à parte onde os passageiros ficam).
Pra saber se eles estão em boas condições, abra a tampa e veja se a peça é capaz de sustentá-la sozinha. Caso contrário, pode ser indício de que o carro tem mais quilômetros do que está marcado no hodômetro.
Anotações no manual do proprietário
Quando sai de fábrica, o automóvel tem uma programação preestabelecida para as suas revisões. Esse planejamento deve ser cumprido à risca pelo primeiro dono a fim de manter as condições de garantia.
O manual é uma maneira de confirmar que o proprietário foi à concessionária, pois nele os técnicos fazem anotações sobre cada visita. São registrados os serviços feitos, os próximos passos e quando os procedimentos ocorreram (com a quilometragem e as datas).
Por isso, o manual acaba denunciando um carro que teve a quilometragem adulterada, já que as anotações vão ser diferentes dos números que o painel está mostrando.
É importante lembrar que o bom atendimento e a qualidade do estoque da sua loja são totalmente capazes de superar a má fama do mercado de veículos usados, causada por alguns fraudadores.
Além disso, com o avanço das comunicações pela internet, é preciso ter cuidado com a maneira como os clientes veem a sua loja, e dizer a verdade sobre a quilometragem do carro pode fazer toda a diferença!
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