Afinal, a recuperação de veículos compensa para a revenda?

Quem compra um carro usado costuma observar a fundo o seu aspecto — lataria, mecânica, parte interna, quilometragem, conservação geral etc. E as máquinas falham, envelhecem naturalmente e sofrem com o descuido do proprietário anterior.

Por isso, muitas vezes é necessário fazer a recuperação de veículos.

Mas será que essa prática compensa na hora de revender? Para tirar essa dúvida, neste artigo vamos mostrar até que ponto a reforma de automóveis pode ser vantajosa para as revendas e como isso vai refletir no preço final.

Quer investir na recuperação de veículos sem ter prejuízos? Então siga com a leitura!

O que pode ser alterado no veículo?

Carros que sofreram batidas graves, mesmo após o reparo, costumam ser difíceis de revender e podem trazer dor de cabeça no futuro.

Por outro lado, aqueles que precisam de consertos menores geralmente compensam o investimento e resultam em lucros. Assim, veja a seguir o que pode ser alterado no veículo.

Aparência externa

A parte externa de um carro usado merece um cuidado especial, afinal, ela que é vista primeiro pelo cliente. Portanto, analise se a lataria tem amassados ou se pintura está comprometida.

Para os amassadinhos leves, como aqueles comuns nos carros que são estacionados em garagens apertadas, um serviço de martelinho de ouro costuma resolver. Mas se o reparo ficar caro talvez seja melhor nem fazer, já que isso comprometeria os lucros da revenda.

Além disso, evite levar o automóvel em locais mais baratos que não oferecem qualidade no serviço. Essa prática normalmente resulta em trabalho dobrado, já que pode piorar a aparência do carro e exigir um novo reparo.

A mesma dica é válida para a pintura: caso necessite retoques, faça em um local que garanta a tonalidade original — considerando as alterações provocadas pelo tempo.

Exatamente pelo desgaste natural da pintura, o retoque em carros mais antigos costuma ser bastante perceptível quando o serviço não é feito corretamente. É melhor deixar de fazer o reparo do que investir em um serviço que vai desvalorizar o automóvel.

Aparência interna

A parte interna do carro é um pouco mais delicada. Se os bancos estão rasgados ou com queimaduras de cigarro, por exemplo, consertá-los ou substituí-los sairia muito caro e refletiria no preço final do automóvel.

No entanto, uma limpeza interna é indispensável e já melhora o aspecto do veículo. Outro ponto importante é trocar os tapetes. Esse item tem um preço relativamente baixo e valoriza a parte interna.

Para automóveis mais antigos, dê uma atenção especial à conservação do volante. Essa peça costuma sofrer muito desgaste por ficar exposta ao sol e em constante contato com as mãos do motorista, que podem estar sujas ou suadas. Assim, se a aparência do volante não estiver boa, a troca por um novo é recomendada para valorizar o veículo.

Tenha em mente que o comprador costuma relacionar a estética (características internas e externas) e o estado de conservação do carro com a sua situação da mecânica.

Por isso, o descuido com a aparência do automóvel reflete em uma sensação de mecânica sem revisões e em estado precário de funcionamento.

Itens de segurança

Os itens de segurança podem valorizar até aqueles veículos com a estética parcialmente comprometida. Portanto, se o dono anterior não teve cuidado com as revisões periódicas, é recomendado que a revenda invista em itens como:

• pneus;
• pastilhas de freio;
• molas;
• amortecedores.

Assim, a troca desses itens diminui a desvalorização do carro e reduz o investimento nos casos em que uma reforma total seria muito cara.

Além disso, não deixe de checar também o óleo do motor e a correia dentada para garantir o bom funcionamento do veículo e evitar problemas com a garantia.

O que fazer com o histórico do carro?

Se você recuperou o carro mas ele ainda tem problemas graves, mascará-los pode comprometer a credibilidade da sua revenda e afetar o relacionamento com o cliente. É importante ser honesto e deixar claro mesmo os fatores que contribuem para a depreciação. Assim, você e o comprador devem chegarem a um acordo justo de quanto aquele problema realmente desvaloriza o veículo.

Como fazer a restauração de veículos antigos?

Ao longo deste artigo, já demos algumas dicas sobre a restauração de modelos antigos. Mas essas máquinas têm apresentado uma grande valorização e podem compensar muito para uma revenda. Assim, vale aprofundar um pouco mais nesse assunto.

De fato, os carros antigos sofrem com o desgaste natural do tempo — em um cenário otimista. Além disso, existem casos em que eles ficam abandonados por longos períodos e acabam tendo a mecânica e a estética comprometidas.

Para uma revenda, é importante considerar que o reparo é demorado e pode sair muito caro — além de ser difícil estimar com precisão todo o investimento que será necessário para fazer o veículo voltar a funcionar antes de iniciar os consertos.

A dica aqui é fazer um diagnóstico sobre o estado do automóvel e, caso seja necessário um reparo de grandes proporções, o melhor a fazer é abandonar o projeto.

Por outro lado, aqueles que precisam de pequenos retoques podem ser grandes achados.

Normalmente, eles trazem um retorno compensador devido ao grande mercado de compradores dispostos a pagar caro por uma relíquia em bom estado.

Por fim, lembre-se de que os carros antigos quebram com frequência. Tenha cuidado com a garantia oferecida e cobre um valor que compense todo o seu trabalho.

Como essas informações precisam ser repassadas ao cliente final?

Informar todas as peças que foram trocadas — principalmente os itens de segurança — e tudo mais que precisou ser feito é fundamental para preservar a integridade física do comprador e criar uma relação de confiança entre vocês (que pode gerar cada vez mais negócios). Portanto, seja sempre honesto e parceiro do seu cliente.

Como vimos ao longo do texto, mais vale prevenir do que remediar. Mas se o dono anterior não teve o cuidado necessário, os pequenos consertos podem valorizar o automóvel independentemente da sua idade e garantir bons lucros para a revenda.

E você, gostou deste artigo? Ficou claro se a recuperação de veículos compensa para revender? Então deixe um comentário aqui no post contando a sua experiência nos pequenos reparos de automóveis!