Desde 1989, o mercado vinha tentando emplacar dinheiro eletrônico no mercado, o que faz muito sentido já que praticamente todas as nossas atividades diárias estavam passando por essa evolução. Já existiram a Digicash, a E-Gold e ainda o b-money, mas nenhuma delas avançou.
A história muda quando Satoshi Nakamoto publicou um estudo sobre uma rede de blocos criptografada com uma proposta de uma moeda virtual chamada bitcoin (BTC). O objetivo era criar um meio de realizar transações monetárias peer to peer (p2p), ou seja, de pessoa para pessoa, com segurança e sem intermédio de instituições financeiras. Ao mesmo tempo, também surgia o blockchain, que colocaria a nova moeda para funcionar.
Porém, mesmo com a popularidade crescente, o assunto ainda gera muitas dúvidas e desinformação. Por isso, explicamos abaixo com mais detalhes o que é criptomoeda e como funciona. Confira:
O que é blockchain?
Blockchain é um sistema que registra e rastreia transações de ativos, tudo de maneira online. Os ativos podem ser tangíveis, como bens materiais, ou intangíveis, como patentes, direitos autorais, etc.
O que torna a blockchain diferente de outros meios de registro é a segurança, pois as informações são distribuídas e criptografadas, reduzindo o risco de invasões e fraudes.
Para simplificar o entendimento: imagine a rede blockchain como um grande lego com blocos interligados. Quando uma transação é registrada – seja uma transferência de criptomoeda ou o registro de uma patente, por exemplo – ela se transforma em uma pequena peça deste lego.
O que é criptomoeda?
Criptomoedas são moedas digitais privadas criadas por criptografia e verificadas por meio de blockchain. Ou seja, ela não é emitida por nenhum governo como a moeda fiat, que é o dinheiro oficial usado por um país e é impresso, como o real, o dólar e o euro.
Por serem 100% digitais, essas moedas só existem na internet! É possível validar sua veracidade, mas não se pode, por exemplo, pegá-las com as mãos – ou guardá-las na carteira, no cofre ou embaixo do colchão como faziam os nossos avós.
As principais criptomoedas atualmente são Bitcoin, Ethereum, Ripple, Dogecoin e Cardano.
Como investir em criptomoedas?
Corretoras ou exchanges
Uma das maneiras mais fáceis de investir em bitcoin e outros ativos é comprando direto em uma corretora de criptomoedas, também conhecida como exchange.
Neste caso, o investidor tem acesso a um portfólio de ativos e pode definir o valor do aporte, que é feito em reais e convertido na moeda digital. Mas atenção, evite as corretoras recém-criadas ou pouco conhecidas.
Fundos de investimento
Eles funcionam da mesma forma que os fundos de multimercado, ações ou imobiliário: o investidor compra uma cota, sem se apoderar dos ativos, e um gestor fica responsável pela administração do fundo. São cobradas taxas de administração ou, em alguns casos, de performance.
Peer to peer
É a negociação direta entre duas pessoas, sem intermediários. Neste caso, não é preciso criar uma ordem de compra, como nas corretoras, e a transferência de criptomoedas é feita de forma mais ágil e barata. No entanto, a negociação peer to peer requer cuidados, já que os riscos de fraude são maiores.
ETFs
Também é possível investir em criptomoedas por meio de um ETF (Exchange Traded Funds) disponível na Bolsa de valores. A opção é recente e o primeiro a ser negociado na bolsa brasileira foi o HASH11, lançado pela Hashdex em abril de 2021.
Onde guardar criptomoedas?
A wallet (carteira) é o nome dado ao local onde se guardam as criptomoedas. São como carteiras de dinheiro comuns, mas na internet. Cada carteira tem uma senha e só quem possui esse código consegue acessar as moedas. Há a opção de deixar suas criptos em corretoras e neste caso não precisará se preocupar em ter uma wallet.
Onde comprar criptomoedas?
Primeiro será necessário ter uma conta em uma corretora ou exchange de criptomoedas. Mas é importante mencionar que as corretoras não são as únicas maneiras de comprar, apenas o mais recomendado para iniciantes.
Para abrir sua conta, será necessário enviar seus documentos de identificação, em um processo chamado “KYC – Know your Customer”, que significa “conheça seu cliente”.
Existe criptomoeda brasileira?
Sim! Entre elas destacam-se a B2U Coin, Niobiocash, WibX, Bitblocks, Hathor, CriptoBRL.
Quanto vale 1 criptomoeda em real?
1 unidade | Valor aproximado |
Bitcoin | R$ 94.118 |
Ethereum | R$ 6.989 |
Ripple | R$ 2,08 |
Dogecoin | R$ 0,48 |
Cardano | R$ 1,64 |
Binance Coin | R$ 1.426 |
Tether | R$ 5,31 |
Solana | R$ 71,84 |
Polkadot | R$ 27,13 |
USD Coin | R$ 5,25 |
O que as criptomoedas compram?
Apesar de não existirem fisicamente, algumas criptomoedas já são aceitas como meio de pagamento e não apenas como modo de investimento.
No Brasil, elas são aceitas em São Paulo, desde galerias de arte a estúdios de tatuagem, por exemplo. E em 2018, a marca de roupas Reserva passou a aceitar a moeda em suas compras online.
E aí, gostou de saber mais sobre o mundo das Criptomoedas?
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