Quando surge uma nova forma de pagamento são abertas oportunidades para que os consumidores escolham os métodos mais confortáveis, ampliando as chances de venda. Apesar das muitas vantagens, essas maneiras de comprar fazem com que as tentativas de golpe sejam mais frequentes.
Desde o início da pandemia, o volume de pedidos por aplicativos de entrega se expandiu de forma muito expressiva. Uma pesquisa da Agência Brasil mostrou que, dentre as pessoas que utilizam os apps, 76,5% usam o cartão de crédito como forma de pagamento. Essa realidade fez surgir um novo tipo de crime: o Golpe do Delivery, também conhecido como Golpe do Motoboy.
A seguir, vamos mostrar como funciona esse novo tipo de gole, como evitar cair nessa fraude e o que o consumidor deve fazer caso seja uma das vítimas.
O que é o Golpe do Delivery?
Existe uma longa discussão em relação a alguns pontos relativos ao Golpe do Motoboy: ressarcimento, identificação dos responsáveis e quem deve pagar pelo prejuízo da fraude. Alguns juristas defendem que o Golpe do Delivery é responsabilidade do banco e das instituições financeiras. Outros defendem que o erro é da bandeira do cartão, e outros culpam os clientes por não terem prestado atenção nos sinais de alerta.
As únicas ideias unânimes são as de que os criminosos devem ser punidos e que nem sempre é fácil identificar a fraude, pois os golpistas se cadastram nos aplicativos como entregadores. Dessa forma, eles sempre entregam os pedidos com a identificação do app de entrega.
São três os tipos mais comuns de abordagens. A mais utilizada consiste na danificação do visor da máquina de cartão, que faz com que o cliente não consiga visualizar o valor que foi digitado. Dessa maneira, o consumidor aprova uma compra acima do valor real e o dinheiro cai em uma conta que não é a do local onde foi feito o pedido.
Outro forma de fraude é relativa às compras já pagas pelo aplicativo. Quando o consumidor efetua o pagamento pelo app, não pode ser feita nenhuma outra cobrança na hora da entrega. Entretanto, os golpistas tentam convencer o cliente de que o pagamento não foi processado por algum motivo técnico. Nesse momento, ele pede que o pedido seja pago – e, geralmente, continua o golpe com a máquina danificada, técnica que comentamos acima.
Uma maneira alternativa que os criminosos utilizam para aplicarem o golpe é através de ligação telefônica. O golpista liga para a vítima como se fosse da empresa que recebeu o pedido e solicita informações do cartão para “corrigir um pagamento errado” ou para “pagar a taxa de entrega”. Com os dados em mãos, são feitas transações indevidas utilizando o cartão do consumidor.
As vítimas só percebem a fraude um tempo depois, quando chega a fatura ou um aviso do banco mostrando o valor das transações.
Golpe do Delivery: o que fazer?
Qualquer golpe dá muita dor de cabeça para os consumidores, seja ele realizado por Pix ou através de transações de cartão de crédito ou débito. Para minimizar os danos causados e tentar recuperar o dinheiro, siga estes 4 passos:
- Entre em contato com o banco e com o aplicativo imediatamente após perceber o golpe;
- Solicite o bloqueio do cartão e conteste a operação realizada pelo cartão de crédito ou débito;
- Peça apoio ao SAC do aplicativo. Denuncie o entregador ao Serviço de Atendimento ao Consumidor e reivindique ajuda para encontrar a solução para o problema;
- Registre um Boletim de Ocorrência: a Polícia Civil deve ser acionada, pois o Golpe do Delivery é um crime e, por isso, deve ser investigado pelas autoridades competentes.
Como evitar cair no Golpe do Delivery?
Para não cair na fraude, o primeiro passo é saber como funciona o Golpe do Delivery. Se você chegou até aqui, pode dar essa etapa como concluída. Depois de entender como os golpistas agem e para aumentar ainda mais a segurança, tome os seguintes cuidados:
- Sempre que possível, pague seus pedidos pelo próprio aplicativo. Assim, você evita que seu cartão de crédito ou débito seja manuseado por outra pessoa;
- Caso opte por pagar em cartão, confira se o valor digitado na maquininha está correto. Se estiver errado, não finalize a operação. A mesma indicação é dada para quando o visor da máquina estiver quebrado ou não for possível visualizar os números com nitidez;
- Confira se a senha está sendo digitada na parte certa do visor. Alguns criminosos pedem para que o consumidor insira a senha, mas, na verdade, está aberto o valor na tela. Assim, ele consegue visualizar sua chave de segurança. Veja se o valor já está no visor e se a senha aparece em forma de cadeado ou de asterisco, sem possibilidade de identificação;
- Nunca passe dados do banco ou do cartão pelo aplicativo ou por telefone. O número do seu cartão e a chave de segurança devem constar apenas dentro do aplicativo. Não compartilhe nenhuma dessas informações com alguém;
- Não acredite em histórias que parecem ter informações desconectadas ou sem credibilidade. Se houver qualquer dúvida ou desconfiança, não hesite em entrar em contato com os canais de comunicação oficiais do local onde foi feito o pedido. Os aplicativos registram todos os valores cobrados e, caso sua compra já tenha sido paga, é possível confirmar esse pagamento.
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