Comprar a casa própria, quitar as parcelas do automóvel, viajar com a família nas férias, construir melhores condições para seus filhos e programar uma aposentadoria confortável são alguns dos motivos para ter um orçamento familiar. De forma resumida, essa ferramenta é um meio para construir uma vida financeira mais saudável, além de contribuir para a qualidade de vida da família como um todo. Nesse artigo te explicamos o que é planejamento familiar, para que serve um orçamento familiar e um passo a passo de como colocar em prática esse tipo de organização de acordo com a sua realidade.
O que é um orçamento familiar?
Mas afinal, o que é um orçamento doméstico? Bom, nada mais é que uma ferramenta de controle financeiro que permite a visualização completa das receitas e despesas do lar. É onde poderá ser analisado o fluxo de dinheiro que entra e sai na rotina familiar. Vale ressaltar que um planejamento que conta com todos os integrantes da família, não será do mesmo jeito que um orçamento pessoal, por exemplo. Por isso, se você quiser entender melhor a diferença, confira nosso artigo sobre o tema:
Planejamento financeiro pessoal, empresarial e familiar: como fazer?
Qual a importância do orçamento familiar?
A importância de ter um orçamento familiar é manter o controle dos gastos para não precisar recorrer à empréstimos/créditos e ficar no vermelho. Esse sonho de quitar endividamentos é compartilhado pela maioria da população, já que o percentual de famílias endividadas no Brasil chegou a 66.5% no início de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Esse planejamento também possibilita atingir objetivos financeiros e planejar o futuro com mais segurança – independente se suas metas são de curto, médio ou longo prazo.
Como organizar um orçamento familiar?
Reúna as fontes de renda
Reunir as fontes de renda é o primeiro passo para quem quer saber como organizar um orçamento familiar. O ideal é saber quanto de dinheiro existe mensalmente para pagar as contas fixas. Se a família possui 2 adultos e 2 crianças, e os 2 responsáveis dividem as despesas, descubra com quanto cada um pode contribuir com os gastos familiares, por exemplo. No caso de uma casa com um adolescente, um aposentado e uma mãe, onde os 3 ganham salário, vale organizar uma planilha de orçamento doméstico e colocar na ponta do lápis quanto cada um vai disponibilizar para o orçamento. Estabelecer esses valores também pode ser um meio de não sobrecarregar uma pessoa ou outra.
Estabeleça os gastos fixos
Quais são as contas que precisam ser pagas todo mês com o dinheiro que foi reunido? Saber essas informações ajuda você a entender se a família está vivendo dentro do padrão de vida que o orçamento suporta ou se precisa dar um passo para trás para realizar o sonho da organização financeira. Algumas contas fixas mais recorrentes incluem:
- Moradia: aluguel, água, luz, gás e condomínio
- Impostos: IPTU, IPVA, seguros
- Alimentação: supermercado, delivery
- Educação: mensalidade, materiais escolares, uniforme
- Transporte: gasolina, seguro do carro, ônibus, metrô, trem, aplicativos de transporte
- Serviços recorrentes: internet, plano de celular, saúde
- Lazer: cinema, viagens, restaurantes, streaming (Spotify, Netflix, Disney +, Amazon Prime…)
Defina metas e prioridades
O objetivo principal do planejamento familiar financeiro deve ser traçado neste momento de estabelecer as metas. Elas podem ser um valor de dinheiro total em um certo prazo de tempo ou ser diluída em parcelas para pagar empréstimos, por exemplo. De qualquer forma, uma meta importante é iniciar uma reserva de dinheiro para poupança ou investimento.
A poupança é importante para todos os membros da família, seja para aqueles que estão para se aposentar, quem deseja investir em reformas na casa, ou para manter as contas longe dos empréstimos e cartões de crédito, caso ocorra alguma emergência. Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã, por isso é mais seguro se prevenir estabelecendo metas com o orçamento familiar.
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Monte uma planilha
A planilha é uma ótima ferramenta que pode organizar o seu orçamento familiar mensal. Nela você pode ter o resultado automático do orçamento por meio de fórmulas que somam e subtraem as cédulas. Depois de preencher os campos com os gastos de todos os membros, será possível visualizar melhor os desdobramentos do planejamento familiar com essas informações reunidas e separadas por categorias.
Por isso, nós separamos exemplos de orçamento familiar para organizar as finanças de casas com ou sem crianças. Depois de abrir a planilha, insira as categorias que exigem gastos mensais e/ou diários. Dentro de cada uma, liste todas as despesas referentes à essa área. Confira os exemplos:
- Categoria: Moradia. Despesas: Aluguel, Condomínio, Água, Luz, Gás…
- Categoria: Alimentação. Despesas: Mercado, Hortifruti, Ração…
- Categoria: Lazer. Despesas: Serviços de Streaming, TV a cabo, Aulas…
- Categoria: Transporte. Despesas: Ônibus, Metrô, Táxi, Gasolina…
- Categoria: Saúde. Despesas: Dentista, Médicos…
- Categoria: Escolar. Despesas: Matrícula, Uniforme, Papelaria, Livros…
Todas as categorias podem ser alteradas de acordo com a realidade de cada família, assim como outras podem ser inseridas, se houver a necessidade. Depois de colocar todos esses campos seu orçamento familiar no Excel estará pronto para ser utilizado, mas lembre-se: para funcionar, é necessário anotar todos os gastos de forma recorrente – só assim é possível ter o controle do dinheiro.
Envolva a família
Para que a planilha de orçamento familiar cumpra seu propósito maior, que é atingir as metas estabelecidas pela família, é importante que todos participem ativamente. Crianças e adolescentes também são importantes no controle de despesas — desde a mudança de hábitos domésticos até a consciência sobre os próprios gastos. Nossa dica é definir, também, dias em que todos estejam reunidos para fazer o balanço mensal ou semanal.
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Reduza e/ou corte gastos desnecessários
Essa é a parte mais polêmica no planejamento financeiro familiar: mudar hábitos. A transição entre os padrões de vida vai depender das etapas anteriores, e nossa dica é que seja feita de forma gradual para não criarem estresses entre as pessoas envolvidas. Se a sua família está acostumada a passar uma semana de férias em algum lugar, por exemplo, diminuir o tempo de passeio para apenas um fim de semana pode ser uma saída. Mas, de qualquer forma, prefira reduzir os custos considerados excedentes, como viagens com transportes de aplicativos (quando se pode optar pelo ônibus ou bike), pedidos através de aplicativos de comida de forma frequente, entre outros.
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Guarde ou invista seu dinheiro
Depois de saber como está a vida financeira da família, dá pra calcular quanto é possível guardar sem comprometer as necessidades básicas e fundamentais de todos. Esse valor pode ser definido de acordo com as metas anteriormente definidas, que podem ser de curto, médio e longo prazo.
Em todos os casos, o investimento pode ser uma maneira de multiplicar o dinheiro que está sobrando. O Tesouro Selic, Tesouro Direto, CDBs (Certificado de Depósito Bancário), entre outras são algumas das opções onde é possível ter retornos a curto e longo prazo. Mas, se você e sua família não se sentem seguros investindo, vale a pena criar uma poupança para guardar a grana, mesmo que a taxa de rendimentos não seja muito alta. Por aqui, nós já compartilhamos um método para guardar dinheiro: o Desafio das 52 semanas. Para saber mais sobre ele, é só clicar no link do artigo:
Desafio 52 semanas: tabela de 2, 3 e 5 reais para guardar dinheiro
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