Como ter organização financeira para guardar e usar melhor o dinheiro? Essa dúvida pode ser recorrente, principalmente na pandemia. A boa notícia é que existem algumas formas de organizar melhor o seu dinheiro, por isso separamos nesse artigo 6 tipos de orçamento financeiro para você escolher o que melhor se encaixa na sua realidade.
Mas, o que é organização financeira e quais são os tipos de orçamentos? A organização financeira nada mais é do que um planejamento que relaciona os seus gastos mensais/semanais e futuros com as suas receitas (salário ou qualquer grana extra que entra na sua conta). O interessante é que, para estruturar tudo isso direitinho, existem diversos métodos, e aqui nós vamos listar alguns deles:
- Regra 50-30-20
- Regra 50-15-35
- Regra 60-10-10-20
- Método ABCD
- Método dos 6 potes
Cada orçamento é indicado para diferentes perfis, por isso vale a pena ler esse artigo até o final para escolher e testar o modelo que melhor se aplica à sua realidade. Já separa uma calculadora, caneta e papel, e boa organização financeira!
Regra 50-30-20
A Regra 50-30-20 é uma tabela de organização financeira dividida em três categorias: necessidades básicas, gastos flexíveis e metas financeiras. Essa regra é mais indicada para quem tem dívidas e metas financeiras a longo prazo, como a compra de um carro ou uma casa, por exemplo. O método funciona da seguinte forma:
- As despesas básicas e essenciais para sua sobrevivência deve abarcar até 50% – a metade – da sua renda líquida (aquela que cai na sua conta depois de descontos de impostos). Isso inclui o aluguel, condomínio, contas de luz, gás, água, internet, alimentação e transporte (gasolina ou passagens). Ou seja, se você recebe R$1.200,00 por mês, o ideal é que suas contas básicas não ultrapassem R$600,00 por mês, metade do total do seu orçamento.
- Os gastos flexíveis representam aqui 30% da sua renda. Isso inclui tudo aquilo que te deixa feliz e que contribui para a sua qualidade de vida, como cinema, Netflix, Spotify, viagens, delivery, passeios, etc. Se esses gastos ultrapassam 30% do seu orçamento, a dica é programar limites mensais ou semanais, mas nunca eliminar essas atividades. Essa categoria é importante porque a privação de momentos de lazer e relaxamento causa o estresse, que pode servir de motivação para gastos não planejados que vão afetar sua organização financeira.
- Por fim, as metas financeiras vão representar 20% do seu orçamento. Nessa categoria podemos incluir suas economias, investimentos ou parcelas de dívidas (financiamento de automóvel, empréstimos, faculdade, cursos). Se você estiver com as dívidas quitadas, vale a pena poupar 25%, 30% ou mais na poupança, o importante é guardar!
Regra 50-15-35
A regra dos 50-15-35 usa as mesmas três categorias da primeira regra, o que muda são as porcentagens: 50% para gastos essenciais, 15% para prioridades financeiras e 35% para estilo de vida. Como você pode perceber, a menor parcela do seu orçamento vai para metas financeiras, por esse motivo ela é mais indicada para aqueles que não mantém dívidas ou empréstimos. Vale a pena usar essa regra nos momentos da vida onde você está mais folgado de grana e separou alguns meses para viajar ou relaxar sozinho, com a família ou com os amigos.
Regra 60-10-10-20
A Regra 60-10-10-20 é mais uma onde os números representam porcentagens. Diferente das anteriores, aqui se trabalha com 4 categorias e uma porcentagem maior para as despesas básicas. Assim:
- 60% da renda vai para despesas básicas, como contas fixas de moradia e alimentação
- Para as atividades de lazer e relaxamento são destinados 20% do orçamento
- Os objetivos de curto prazo e médio prazo, onde 10% do seu orçamento será investido, incluem poupança, cursos profissionalizantes, algum eletrônico ou eletrodoméstico que você precise parcelar, entre outras necessidades.
- Já os objetivos de longo prazo, onde será investido os 10% restantes do seu orçamento, incluem a aposentadoria ou compra de um carro ou casa, por exemplo.
Método ABCD
Esse método de organização financeira pessoal se baseia em 4 categorias que começam pelas letras ABCD: alimentação, básico, contornável e dispensável. Aqui não se usa porcentagem, mas nada impede que você determine limites para cada tipo de despesa.
Alimentar
Observe e anote o quanto você gasta por mês com alimentos e avalie se é necessário diminuir ou controlar essas despesas. Fazer uma lista de supermercado pode te ajudar a economizar, saiba como no nosso tutorial!
Básico
Esses gastos são difíceis de serem eliminados, porque envolvem custos fixos como aluguel, telefone, internet, água, luz, gás e energia. Por outro lado é possível desenvolver estratégias para controlar esses valores. Aqui no Dicas OLX, por exemplo, nós reunimos algumas dicas de como economizar água e energia elétrica para reduzir o preço da conta de luz, confira!
Contornável
Essas despesas incluem atividades de lazer e hobbies, como assinaturas de TV a cabo, Netflix, Spotify, cinema, teatro, academia, balada, restaurantes, delivery, etc. Como o nome sugere, são gastos contornáveis que podem ser adaptados dependendo do seu momento financeiro.
Dispensáveis
Esses gastos vão depender do seu estilo de vida e rotina, e incluem cartões de crédito, internet, celular, carro, etc. Se você trabalha perto de casa e usa pouco o carro, escolha uma bicicleta para se locomover, por exemplo.
Método dos 6 potes (ou Harv Eker)
O Método dos 6 potes, ou Harv Eker, é uma estratégia de orçamento financeiro criada por T. Harv Eker, escritor do livro “Os segredos da mente milionária”. A “estratégia dos potes” é separada por 6 categorias com diferentes porcentagens:
- Necessidades básicas, onde 55% da renda deve ser investida
- Educação e desenvolvimento pessoal e profissional, onde 10% deve ser reservado
- Diversão e lazer para 10% da renda
- Liberdade financeira, onde é possível investir 10% da renda em ativos e se beneficiar dos juros compostos
- Poupança de longo prazo e reservas de emergência, 10% da renda
- Doação para outras pessoas ou instituições, que podem somar 5% da renda
Planilhas
A planilha de organização financeira pode ajudar tanto nos métodos anteriores quanto em um método próprio, ajudando a organizar custos, gastos, etc. Entre as vantagens de manter uma planilha para organização financeira podemos citar a redução de custos, a noção do fluxo do seu dinheiro, a capacidade de investir mais e atingir metas financeiras.
Se você não tem familiaridade com programas de planilha, como o Excel, a dica é baixar modelo prontos e gratuitos, e ir preenchendo com os valores das despesas. Vale lembrar que existem diferentes tipos de planilhas, feitos para cada necessidade: as pessoais, as familiares, as mensais, as avançadas com categorias e subcategorias, e até aquelas para orçamento doméstico.
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