Quando falamos sobre a venda de carros, sabemos que os principais modelos ofertados pelo mercado são 1.0, 1.4, 1.6, 1.8 ou 2.0. Mas o que exatamente significam esses números?
Eles se referem à cilindrada de um motor, que representa o volume interno dos cilindros. No caso dos cilindros, eles são as peças do motor onde ocorre a combustão entre o combustível, o ar e a faísca.
São eles que fazem os pistões se moverem, gerando a força que coloca o veículo em movimento. Assim, quanto maior a cilindrada de um automóvel, mais potente ele será, correto?
Com o avanço da tecnologia, os motores 1.0 de hoje em dia já não são mais sinônimos de pouca força. Principalmente quando falamos dos modelos turbo, já fabricados por diversas montadoras, muitas vezes é possível encontrar um carro 1.0 com um rendimento tão satisfatório quanto o de um 1.6, por exemplo.
Para entender quais são as vantagens e as particularidades de cada tipo de motor, veja abaixo as principais informações que separamos para você.
A revolução dos motores 1.0
Até alguns anos atrás, os carros 1.0 eram automaticamente tidos como modelos populares, baratos e, por isso, de rendimento limitado. Entretanto, de uns tempos para cá, começaram a aparecer no mercado as versões turbo do motor mil cilindradas, capazes de aumentar em até 50% a cavalaria desses carros — sem alterar a frugalidade desses modelos.
A tendência, conhecida como downsizing, já é amplamente disseminada na Europa e agora começa também a se espalhar pelo Brasil.
A ideia, na tradução literal do termo, é diminuir o tamanho do motor, utilizando isso a favor de uma melhor performance, junto à diminuição na emissão de poluentes. Em outro tópico deste artigo discorreremos um pouco mais sobre o funcionamento dos motores downsizing.
As populares Ford, Chevrolet, Hyundai e Volkswagem já apostam nessa opção. Por exemplo, a Volkswagem tem o Polo TSi, que desde 2017 vem fazendo muito sucesso com a motorização 1.0 turbo com 3 cilindros. Para 2022 a montadora continuará apostando nos motores, além dos 1.4 turbo que equipam os veículos mais caros.
No ano de 2020 a Hyundai também fez o seu lançamento de veículo com motor 1.0 turbo. O conceito já existia em uma das versões do HB20, contudo, essa motorização foi ampliada para mais versões do mesmo veículo.
Outra marca que não ficou para trás foi a Chevrolet, lançando seus motores 1.0 turbo entre os anos de 2020 e 2021. Eles vieram para equipar as versões mais completas do Onix hatch e sedã, bem como alguns modelos do crossover Tracker.
Nesse sentido, podemos afirmar que os motores 1.0 não são mais sinal de baixo desempenho. Pelo contrário, eles vêm sendo modernizados e reinventados pelas fabricantes.
O reaquecimento dos motores com cilindradas menores vem na esteira da preservação do meio ambiente. Sabemos que a questão da emissão de gases poluentes é a grande pedra no sapato do universo automobilístico.
Até existem alguns modelos totalmente elétricos e híbridos. Contudo, o preço desses carros ainda é muito elevado. Além disso, esses veículos têm um grande consumo energético e exigem um tempo de recarga elevado, o que limita muito o uso dos condutores.
Como os motores 1.0 têm um consumo de combustível menor, eles também emitem menos gases poluentes. Claro, ainda é uma pequena evolução, mas é provável que essa melhora de desempenho dos motores pequenos aumente com o passar do tempo.
A diferença entre os motores
Avanços tecnológicos à parte, ainda existem, claro, diferenças entre os carros 1.0, 1.4, 1.6, 1.8 e 2.0. Principalmente quando falamos do mercado de seminovos e usados, que é gigantesco no Brasil, grande parte dos veículos disponíveis foram fabricados antes da inovação do motor turbo, por exemplo.
Por conta disso, é válido entender as características de cada tipo de motor. Vamos, então, às descrições dos motores mais comuns que encontramos por aí.
Motor 1.0
Os motores 1.0 (1.000 cc) precisam de menos combustível para colocar o veículo em movimento. São mais econômicos, mas têm baixa performance no geral.
Em uma subida acentuada, por exemplo, o motorista de um carro 1.0 certamente sente dificuldades. Para quem só roda na cidade e não percorre grandes distâncias, essa motorização é uma ótima opção.
Afinal, o trânsito das grandes, médias e, até mesmo, pequenas cidades está cada vez mais lento. Mesmo nos locais que não têm tantos veículos, a velocidade máxima permitida é de cerca de 40 km/h.
Não é necessário um motor potente para percorrer vias com esse limite de velocidade. Logo, se o foco é o trânsito em cidade, o motor 1.0 pode ser a melhor escolha.
Motor 1.4
Introduzidos no mercado automotivo brasileiro há pouco tempo, os motores 1.4 (1.400 cc) passaram a ser os queridinhos entre aqueles que buscam economia sem perder tanto em desempenho.
Eles são um meio-termo entre esses dois fatores, garantindo um carro com um comportamento interessante e, ainda assim, econômico.
Essa motorização é interessante para as pessoas que têm um uso urbano elevado e, portanto, não abrem mão da economia. Contudo, necessitam com certa frequência pegar uma rodovia para se dirigir a outras cidades.
Nesse caso, os veículos com a motorização 1.4 podem ser interessantes. Uma vantagem deles é que os modelos equipados com esses motores já têm um nível um pouco mais elevado. Disponibilizando alguns bons opcionais desde as versões de entrada.
Motor 1.6
Os motores 1.6 já sobem um pouco de patamar quando o assunto é arranque. Por entregarem mais potência, eles não exigem tantas trocas de marcha e são ágeis em situações de ultrapassagem. Por outro lado, o gasto com combustível já deve pesar um pouco no bolso do proprietário.
O perfil de consumidor que utiliza esse tipo de veículo é aquele que circula mais em rodovias que em percursos urbanos. Contudo, existem muitas pessoas que preferem essa motorização mesmo circulando em grande maioria nas cidades.
Afinal, os carros com motor 1.6 já estão em um patamar superior em termos de equipamentos de série, bem como opcionais que podem ser inseridos.
Motor 1.8
Um carro 1.8 tem um motor bastante robusto, que não vai deixar o motorista na mão. Para aqueles que viajam com frequência para lugares distantes, ele é com toda certeza uma boa alternativa e deve ser indicado. Assim como o 1.6, há a desvantagem do consumo mais alto de combustível.
Os motores 1.8 estão presentes em muitos veículos mais premium, como sedãs médios, SUVs, entre outros. Afinal, é um motor mais potente e tem um direcionamento muito específico. Há alguns anos, existiam alguns modelos intermediários com essa motorização.
Contudo, à medida que os 1.0 ficaram mais potentes, os 1.8 ficaram restritos aos carros de nível mais elevado. Portanto, quando um cliente procurar o seu estabelecimento para adquirir um veículo com esse tipo de motor, é preciso que ele esteja ciente desses detalhes. Especialmente quanto ao consumo mais elevado.
Motor 2.0
Para quem busca uma tocada mais esportiva, um carro 2.0 é a melhor escolha. Ele é destinado a quem não abre mão de desempenho. Por isso, deve ser recomendado a quem efetivamente quer desfrutar de alta potência e está ciente dos gastos que vai ter com combustível.
O motor 2.0 está em um nível de exclusividade. Em nenhuma época existiram veículos intermediários ou de entrada que tivessem esse motor. A melhora no desempenho se dá pelo tamanho maior do cilindro, com uma miniexplosão de maior potência. Para gerar esse impacto maior, o motor precisa de mais combustível.
Outros tipos de motorização
Não podemos esquecer dos outros tipos de motor. Apesar de existirem poucos modelos, temos alguns que chegam a até 4.000 cilindradas. Especialmente os que têm 6 ou 8 cilindros.
Com a melhora no desempenho dos motores menores, esses cilindros maiores perderam espaço entre os carros tradicionais. Hoje, eles estão presentes em veículos esportivos, importados e outros tipos de super carros.
A indicação do melhor modelo
Como já sabemos, a escolha mais adequada da motorização de um veículo vai variar em função da rotina de uso, bem como das necessidades do motorista. Por isso, quem trabalha com a venda de veículos precisa sempre colher o máximo de informações sobre os clientes que procuram a loja, para guiá-los rumo à compra de algo adequado e satisfatório.
É essencial saber o uso que a pessoa vai dar ao carro, seu estilo de direção, se ela costuma percorrer pequenas ou grandes distâncias, se o seu trajeto diário é plano ou acidentado, se anda mais sozinha ou transporta passageiros.
Também é relevante questionar se o cliente já está acostumado com algum tipo de motor, para não frustrar suas expectativas e também para avaliar se ele está escolhendo aquilo que, de fato, é melhor para o seu perfil.
Pode acontecer de uma pessoa que pega estrada diariamente insistir em ter um modelo 1.0, pensando apenas na economia. Aí cabe ao vendedor explicar que um motor 1.6, por exemplo, pode garantir um desempenho melhor sem maiores gastos com abastecimento, já que, na estrada, o combustível rende mais.
Outra informação valiosa é o quanto a pessoa costuma ou está disposta a gastar por mês para abastecer o seu veículo. Isso pode influenciar bastante na escolha do motor, e o profissional de vendas deve saber fazer cálculos aproximados do rendimento em quilômetros por litro, para auxiliar o comprador.
É importante entender o tipo de veículo que o cliente espera adquirir. Por exemplo, se o desejo dele é ter um sedã médio ou SUV intermediário vai ser complicado encontrar um que tenha motor 1.0 aspirado.
Por exemplo, modelos como o Toyota Corolla ou o Jeep Renegade só existem com motorização a partir de 1.8. Portanto, se o cliente tem o desejo de adquirir carros desse tipo, não será possível escolher a potência do motor.
Contudo, a evolução da tecnologia aplicada ao universo automobilístico proporcionou grandes modificações, possibilitando que carros pesados pudessem ter um bom desempenho com motores 1.0. Isso ocorreu graças ao surgimento do conceito do downsizing, sobre o qual discorreremos com mais detalhes no próximo tópico.
Os motores downsizing
Os motores downsizing vêm conquistando o mercado, especialmente dos veículos 1.0. Eles têm 3 cilindros e são capazes de gerar mais potência que os outros equipados com 4. O termo downsizing pressupõe a redução dos tamanhos de motores.
Isso foi feito para atender à exigência de um carro com um motor menor e mais eficiente. A fórmula adequada para garantir isso foi remover um cilindro. Mas, como essa atitude pode não prejudicar o desempenho do carro e, em alguns casos, até aumentar?
Para garantir essa melhoria, os engenheiros que idealizaram esse tipo de motor proporcionaram melhorias internas que eliminam ao máximo os atritos desnecessários no cilindro. Assim, as miniexplosões são mais eficientes, gerando mais potência com menos combustível.
A chegada dos motores turbo
Aqui temos a inclusão do sistema de turbinas. Isso permitiu que um motor 1.0 de 3 cilindros tivesse um desempenho semelhante a um 1.8, porém, gastando uma quantidade inferior de combustíveis.
O sistema turbo não é algo novo. A ideia já existe há décadas e é aplicada com muita excelência nos caminhões movidos a diesel. O foco desse processo é aumentar a entrada de ar no motor, sendo esse o papel fundamental da turbina.
Cada motor consegue absorver uma quantidade limitada de ar, que será utilizada para garantir a combustão com eficiência. Ao admitir mais, a quantidade de combustível necessária para gerar o processo de explosão é menor.
Em outras palavras, essa combinação gera uma explosão mais forte. Consequentemente, mais potência com menos consumo. Esse princípio é muito diferente dos motores que recebem o ar por pressão atmosférica ou aspiração natural.
A turbina força a entrada de ar no motor. O sistema conta com dois rotores. Um fica no escapamento e o outro ligado ao sistema de admissão. Assim, o primeiro recebe o fluxo de gases no escapamento, girando com velocidades altíssimas, passando para admissão de ar comprimido para dentro do motor — e isso aumenta bastante o volume de ar.
Esses motores passaram a fazer sucesso nos veículos da Volkswagen. Eles estrearam nas versões do Polo e Virtus. Porém, até mesmo o SUV mais vendido da marca também recebeu esse motor, tendo casado muito bem com o câmbio de 6 velocidades.
Os motores mais vendidos
Os dados da OLX, a maior plataforma de compra e venda do Brasil, mostram que as negociações de autos continuam representativas. No segundo semestre de 2021 alguns veículos se destacaram. Entre eles podemos mencionar:
- Volkswagen Gol;
- Fiat Palio;
- Fiat Uno;
- Ford Fiesta;
- Chevrolet Celta e Corsa;
- Ford Ka;
- Honda Civic;
- Toyota Corolla;
- Chevrolet Onix.
A montagem de uma estratégia de venda
Além de entender sobre motores e identificar quem é o seu cliente, o profissional que trabalha com a venda de veículos também precisa ter uma estratégia completa para alcançar o comprador.
Hoje em dia, a internet é uma ferramenta indispensável. Os consumidores atuais sempre pesquisam em sites de compra e venda antes de partir para a busca presencial de um novo carro. Assim, o responsável pela loja deve recorrer aos anúncios online, sempre contando com o respaldo de plataformas consolidadas e reconhecidas, como é o caso da OLX.
Também é essencial seguir dicas de como montar um bom anúncio, o que envolve a elaboração da descrição, disponibilização de fotos e a possibilidade de investir em opções de destaque.
Se ficou com dúvidas, não se preocupe. A OLX conta com uma equipe de profissionais sempre disponível para ajudar o anunciante, de acordo com o que ele precisa.
Como vimos, há diferenças em termos de performance entre os carros, mas existe também um público para cada tipo de potência.
O bom vendedor vai saber indicar o modelo mais adequado ao seu cliente — e isso exige conhecer o seu público-alvo, entender o mercado e os carros que você está oferecendo e também adotar estratégias alinhadas com a realidade atual.
Assim, será possível satisfazer qualquer consumidor, seja com um carro 1.0 ou com um carro 2.0.
Uma dica interessante é investir no OLX Ensina. Um treinamento completo para que você possa se tornar um vendedor de veículos de sucesso. Essa é uma forma interessante de iniciar nesse negócio com o pé direito e se destacar da maioria dos seus concorrentes.
Como você pode perceber, o mercado de venda de carros proporciona diversas opções aos clientes. Nesse sentido, a sua revenda de veículos deve entender quais as necessidades dos seus consumidores e oferecer as melhores opções para eles.
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A Equipe OLX é composta por pessoas reais que conhecem e escrevem sobre as diferentes categorias e universos que compõem o Dicas OLX.