O pneu meia vida é um pneu que já foi usado, ainda está em condições de continuar rodando, mas seu antigo dono não o utiliza mais. Esse tipo de pneu é vendido no mercado por preços muito menores que os novos, o que atrai muitos consumidores. Contudo, é preciso tomar cuidado antes de escolher um pneu usado, pois esse componente é fundamental para a segurança no trânsito.
O que é um pneu meia vida?
Um pneu meia vida é um pneu que já está usado, mas ainda pode continuar rodando. Ou seja, embora não seja novo, ainda não foi usado até acabar. Como comparação, pneus novos e de marcas confiáveis podem rodar até 50 mil quilômetros, na média. Contudo, esse número só é alcançado se o motorista for extremamente cuidadoso e os pneus não forem muito expostos ao sol ou frio.
Além disso, esses componentes também têm data de validade e, mesmo estando guardados, pneus com mais de 10 anos não devem ser usados. Porém, teoricamente, os pneus meia vida são aqueles dentro da validade e em bom estado, apesar de usados. Eles podem ser encontrados à venda no mercado, em lojas especializadas ou diretamente de seus antigos donos.
Os pneus usados têm um preço muito menor do que os novos, de valor elevado, o que atrai consumidores. Outra vantagem é que contribuem para a preservação ambiental, pois evitam o descarte em excesso e o acúmulo nos aterros de lixo. Entretanto, as desvantagens do pneu meia vida são muitas, pois é muito difícil saber se ele está em boas condições. Por isso, é preciso estar atento se for comprá-los.
Vale a pena comprar um pneu usado?
A maioria dos especialistas afirma que o pneu meia vida não é indicado. Embora o nível de desgaste da borracha possa ser avaliado, há outras características que podem interferir na segurança. Além da banda de rodagem, que é a parte externa do pneu, ele também tem elementos internos que vão mudar a forma como ele se comporta. E isso pode ter consequências graves.
Por serem componentes fundamentais para garantir a segurança no trânsito, os riscos de um pneu meia vida incluem a chance de derrapagem, estouro e aquaplanagem – quando um carro perde o controle ao passar por um trecho com água. Com isso, os riscos de acidente são muito maiores, colocando a vida dos ocupantes do carro e de terceiros em grande risco. Além disso, pneus em mau estado podem levar a multas, mesmo se for o estepe.
Como avaliar um pneu meia vida
Considerando todos esses riscos, alguns ainda escolhem comprar um pneu meia vida, muitas vezes, por razões econômicas. Nesses casos, vale a pena levar em consideração alguns pontos.
Em primeiro lugar, avalie o nível de desgaste da banda de rodagem. Ela é a parte de fora do pneu, onde se vêem sulcos ou ranhuras, que drenam a água e evitam a aquaplanagem. Os sulcos não devem ter menos que 1,6 milímetro de profundidade; se for menor que isso, os pneus não poderão rodar na chuva ou em trechos com água.
Outro aspecto que deve ser avaliado é a aderência do pneu meia vida. Isso depende do estado da borracha, que pode estar velha e ressecada, ainda que pareça nova. Para avaliar, instale os pneus em um carro, acelere-o até cerca de 40 km/h em um local seguro e dê uma freada brusca. Se ele derrapar, pode ser sinal de que os pneus estão ruins.
Cheque, também, a data de validade. Ela fica impressa na lateral, após a sigla “DOT”, na forma de quatro números. Os dois primeiros indicam a semana e os dois últimos, o ano. Por exemplo, se estiver escrito 3318, o pneu foi fabricado na 33ª semana de 2018. Por fim, confira todo o pneu meia vida em busca de bolhas, rasgos, remendos ou qualquer outro tipo de alteração. Se encontrar, não compre, pois esse tipo de defeito pode levá-lo a estourar.
É importante lembrar que mesmo se um pneu usado passar em todos esses testes, ele ainda pode ter um defeito invisível e pneus novos são sempre os mais recomendados. Além disso, um kit meia vida provavelmente deverá ser substituído em menos tempo, a depender de seu estado.
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