Não é apenas com o valor bruto da venda que quem trabalha com veículos deve se preocupar. É preciso pensar em outros valores, como salários de colaboradores, manutenção do estabelecimento físico, entre outros.
Afinal, existem custos à parte que vão além da venda. Podemos citar, por exemplo, os impostos e serviços para a inspeção. Por isso, é necessário considerar o custo total da operação para estabelecer um preço final justo.
Mas como fazer? Neste artigo, vamos mostrar tudo o que você precisa para calculá-lo da maneira correta. Confira!
O que é Custo Total da Operação (CTO)?
O custo total da operação ou custo efetivo total é a junção de todas as taxas e tributos relacionados à transação comercial. Geralmente, é apresentado por uma alíquota anual que aparece em diferentes tipos de operações, como empréstimos e financiamentos.
Ainda que seu valor seja único, como falamos no início, pode conter uma série de outras tarifas, como juros, taxas administrativas, tributos e seguros.
Para que serve?
O CTO tem um papel importante tanto para a concessão de crédito quanto para financiamentos. Em ambos os casos, ele funciona como uma média dos custos adicionais com a manutenção e atribuições do serviço ou produto oferecido. Ou seja, é uma forma de tanto empresas de crédito quanto concessionárias calcularem um valor justo para o preço final.
Por que fazer esse cálculo?
Em primeiro lugar, é muito comum que, ao fazer o cálculo para precificar um produto, seja considerado o seu valor de custo mais o lucro. Entretanto, qualquer comerciante sabe que manter um produto gera gastos que vão muito além de sua existência.
Quando se trata de veículos, é muito importante ter atenção às despesas referentes à manutenção das peças, IPVA, seguros e outros encargos.
No médio e longo prazo, arcar sozinho com esses custos pesa no fluxo de caixa do seu negócio. Mesmo que seja a primeira e única venda, os gastos ainda influenciarão no orçamento. Por isso é importante realizar o cálculo total de operação.
Quais são as tarifas envolvidas?
Cada tipo de operação, seja ela empréstimo ou venda, possui tarifas diferentes. Dessa forma, para calcular o custo efetivo total é preciso considerar as seguintes taxas:
- IOF: o imposto sobre operações financeiras é um tributo obrigatório para as operações de financiamentos, empréstimos e câmbio;
- TAC: essa é conhecida como Taxa de Análise de Crédito. Ela é usada para cobrir os custos da avaliação do perfil financeiro do cliente;
- taxa de juros: o valor cobrado pelo crédito concedido;
- seguro: uma garantia de proteção contra problemas com o pagamento;
- taxas administrativas: essas são a junção de custos dos serviços da credora.
Todas as taxas pertencentes ao CTO devem estar no contrato, incluindo as suas porcentagens e identificação de cada uma.
Como calcular corretamente?
Tanto o Conselho Monetário Nacional (CMN) quanto o Banco Central, definem que as instituições têm obrigação de disponibilizar uma tabela com o custo efetivo. Isso está descrito nas Resoluções nº 3.517/2017 e nº 4.197/2013.
Contudo, mesmo que cada tipo de operação tenha taxas específicas, existem algumas fundamentais para compor o CTO. A Resolução nº 3.517/2017 do CMN, inclusive, apresenta alguns fatores padrões para calcular. São eles:
- limite de crédito oferecido;
- taxas cobradas pela instituição para cobrir os custos, incluindo amortização, juros e seguro;
- prazo do contrato;
- dia do pagamento;
- data em que o crédito será liberado.
No entanto, a melhor forma de entender como fazer o CTO é por meio de um exemplo prático. Imagine que a sua concessionária pretende vender um veículo por R$ 56 mil. Além de oferecer a opção à vista, você também garante a possibilidade de financiamento em até 36 meses, com uma taxa de juros de 2%.
Portanto, o comprador pagaria mensalmente, em média, R$ 1.200. Mas, além desses custos, ainda é preciso adicionar 0,38% de IOF, mais as taxas de análise de crédito, custos com a documentação e seguro do financiamento. O valor final ficaria em torno de R$ 1.380.
Quais cuidados tomar?
Como vimos até aqui, o custo total da operação é uma maneira mais segura de estipular um valor justo para a sua venda. Principalmente quando se trata de um veículo em que os encargos são, em sua maioria, periódicos, como impostos, manutenções, entre outros.
Por isso, definir qual é a melhor fórmula para o CTO é uma tarefa que requer atenção. Entre alguns cuidados, estão:
- analisar os custos a médio e longo prazo: é muito importante avaliar quais são as necessidades para manter o produto. No caso da venda de carros, é preciso cuidar de seu desempenho. Ele deve ter todos os seus componentes funcionando perfeitamente, além de apresentar uma aparência conservada;
- apurar o perfil do seu cliente: a taxa de análise de crédito corresponde a tudo o que está relacionado ao histórico financeiro do seu consumidor. Nesse caso, captura-se dados, como o histórico de pagamentos e o nível de inadimplência, e traça-se um perfil. Essa é uma ação importante, pois garante mais segurança na hora de conceder o financiamento. No entanto, é uma conduta que gera um custo de investimento em ferramentas de análise;
- definir a data do pagamento: essa não é uma porcentagem, mas tem uma relação direta com os custos da operação. Isso porque indica em quanto tempo você receberá as parcelas do financiamento. Nesse sentido, a pergunta que se deve fazer é: de que forma não receber o valor total afetará o negócio?
Ao longo deste artigo, apresentamos tudo o que você precisa saber sobre o custo total da operação, um cálculo muito importante na hora de fazer empréstimos, operações de financiamento e venda. Compreender como ele funciona é a melhor forma de precificar as suas vendas sem ficar no prejuízo.
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